
O governo eleito já deu sinalizações de que pretende mudar a política de preços da Petrobras e mexer com a política de investimentos da estatal. Esse movimento nebuloso está pressionando os preços dos papeis da companhia, listada na Bolsa de Valores. Na segunda-feira 21, as ações da estatal fecharam o pregão cotadas a R$ 26,78, com alta de 0,3%.
As incertezas que rondam uma das principais produtoras de petróleo do mundo fizeram o banco suíço de investimentos UBS reduzir o preço-alvo das ações da companhia: de R$ 47 para R$ 22, segundo um relatório divulgado pela CNN Brasil.
Parte da decisão do banco é atribuída no relatório aos comentários feitos pela equipe de transição do novo governo. Além disso, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ainda não indicou quem será o próximo presidente da Petrobras.
Segundo o relatório, três pontos colaboram para o mau humor com a companhia: política de preços, política de investimentos e perspectivas para o futuro.
“Nada disso está claro no momento, no entanto, comentários do time de transição nos dão algumas pistas, e observando o passado da Petrobras precisamos ser cautelosos”, informa o documento.
O banco enfatiza que não há decisão sobre o futuro da política de preços, mas que espera margens de lucro mais apertadas para o refino.
Ressalta também que, com mais investimentos em energia renováveis, a Petrobras vai pagar menos dividendos, o que é prejudicial do ponto de vista do investidor.
Neste ano, a Petrobras distribuirá ao todo R$ 217 bilhões a seus investidores. O valor é mais do que o dobro pago referente aos resultados da empresa em 2021, até aquele momento o maior dividendo da história da companhia.
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