
Em vez de adotar medidas contra as autoridades que se reuniram com a mulher conhecida como “Dama do Tráfico”, a esquerda brasileira resolveu se voltar contra o emissor. Assim, o PT, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, e aliados começaram a atacar — e até ameaçar — o jornal O Estado de S. Paulo e parte de sua equipe.
Na última segundafeira, 13, reportagem do Estadão revelou que Luciane Barbosa Farias teve duas reuniões na sede do Ministério da Justiça, em Brasília. Em abril, ela cumpriu agenda ao lado do secretário Nacional de Assuntos Legislativos da pasta, Elias Vaz. Em maio, o encontro foi com o secretário Rafael Velasco Brandani, titular da Secretaria Nacional de Políticas Penais.
Dino, que não demitiu nenhum dos assessores que tiveram reuniões com a “Dama do Tráfico”, também partiu para o ataque contra o jornal O Estado de S. Paulo. Sem citar dados, deu a entender que informações que constam em veículos alinhados ao governo e ditos como “progressistas” teriam, na visão dele, ajudado a desconstruir uma tentativa de difamá-lo. Ele não destacou, no entanto, que em nenhum momento o Estadão afirmou que ele teria se reunido com Luciane — mas sim dois de seus secretários.
“O mal por si só se destrói. A frase, muito conhecida, tem inspiração bíblica”, afirmou Dino, em postagem no Twitter/X, plataforma em que bloqueou jornalistas e desafetos políticos. “Lembrei-me disso ao ler uma reportagem desmontando as vis difamações contra mim engendradas. Não foi a primeira, infelizmente não será a última. ‘Follow the money‘ é um bordão muito conhecido. Quando isso é feito mesmo, a ‘elite do crime organizado’ reage. Mas nunca me intimidei nem me intimidarei com essas organizações criminosas, tampouco com seus poderosos aliados e amigos.”
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