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Governo Atual aumenta isolamento e piora situação dos yanomamis

Foto do escritor: Redação Dc NewsRedação Dc News

Bloqueio do espaço aéreo da reserva yanomami existe há muitos anos. ONGs ligadas ao PT continuam controlando a região – e o isolamento está matando os índios

Mais uma vez o PT usa a reserva Yanomami e a situação dos indígenas para fazer um circo, posar de “salvador da pátria” e demonizar o governo Bolsonaro. Ao decretar o bloqueio intensivo do espaço aéreo da reserva o atual governo não fez nada diferente do que já havia sido feito antes. O bloqueio do espaço aéreo Yanomami existe há muitos anos, embora a grande mídia esconda essa informação.


Ações que intensificam bloqueio oficial em certas áreas de trânsito ligado ao garimpo também foram feitas ao longo dos anos. Acontecem que elas são muito custosas aos cofres públicos — e por isso são fadadas a durar pouco tempo. E isso você também não lerá na imprensa chapa-branca.

As ONGs que gozam do favor do governo continuam voando na região. O ISA (Instituto Socioambiental) e o CIMI (Conselho Indigenista Missionário) funcionam como braços indígenas do PT.


Agindo em total consonância ideológica com o partido, policiam de perto as aldeias. Sua preocupação maior não é com a saúde dos indivíduos, mas com a preservação da cultura. Policiam a área para ter certeza de que a “cultura” é mantida a qualquer preço. Tal preocupação não pode ser considerada necessariamente “humanitária,” porque não tem como alvo direto os seres humanos que incorporam essa cultura.


A defesa de uma abstração teórica — a cultura Yanomami — justifica as ações que forçam os índios ao isolamento, mesmo em circunstâncias em que esse isolamento causa mortes. Infelizmente o Brasil ainda cultiva uma antropologia que considera “patrimônio” humanitário a cultura indígena em “estado natural”, uma sandice teórica em que se presume o índio como incapaz de exercer controle sobre seu destino. Enquanto portador dessa cultura, o índio se torna um artefato supra-humano que alimenta a lascívia acadêmica de muitos.

O principal lema da política pública em relação a essas tribos nos últimos 30 anos é “deixar as tribos em paz”, sob o pressuposto de que quanto menos intervenção, melhor. Em nome da proteção da cultura, o estado brasileiro faz um esforço hercúleo para manter grupos como os Yanomami em completo isolamento. Acabam por impedir a presença legal de quem oferece serviços que lhes permitem a sobrevivência, como as missões cristãs (católicas e protestantes), deixando-os à mercê de quem não respeita as leis.

O problema é que isolamento está matando os índios. No caso dos yanomamis, a situação é ainda pior. Quanto mais isoladas as aldeias, menos capazes de sobreviver em caso de uma crise de saúde ou nutrição elas se encontram.


O policiamento ideológico do CIMI e do ISA se preocupa mais em deixar de fora os agentes missionários, que segundo sua perspectiva “destroem” a cultura, do que em garantir a sobrevivência daqueles que realmente representam a tal cultura: os indivíduos indígenas. A política indígena do governo Bolsonaro não foi perfeita, mas pelo menos tinha o mérito de reconhecer o índio como indivíduo e ser humano, igual em direitos ao cidadão brasileiro das zonas urbanas. O governo do PT como sempre fez no passado: segue a política globalista, que se pauta nos documentos tradicionais da ONU e em acordos que protegem os “direitos coletivos”. A Declaração das Nações Unidas sobre os Direitos dos Povos Indígenas (ONU 2007) e outros documentos internacionais estão mais preocupados com os direitos coletivos do abstrato “patrimônio cultural” e respeito ao território, apesar dos massacres, epidemias devastadoras e a reiteração do práticas culturais nocivas como o sacrifício de crianças e adolescentes indesejados, problemas criados pelo isolamento.


A ONU recomenda um mecanismo global para proteger os povos em isolamento voluntário e em perigo de extinção mas nada é dito sobre os perigos do próprio isolamento. Seguindo as diretrizes da ONU, as ONGs que atuam em Roraima vão fazer o possível para demonstrar para os organismos internacionais que a cultura do povo Yanomami está protegida, mas pouco vão responder em relação aos indivíduos que estão sofrendo com a fome, a tuberculose ou correndo risco por causa de garimpeiros.

O desenvolvimento da legislação indígena no Brasil ilustra como a lógica da justiça como isolamento cultivada pela ONU influenciou a relação do estado brasileiro com suas minorias indígenas. Nessa lógica, os índios não são pessoas. Muitas políticas que vão contra os direitos dos indivíduos são disfarçadas pela linguagem da defesa pública das necessidades culturais. A história da legislação brasileira aponta para o uso da alegoria para representar os indígenas desde sua primeira referência a eles.


O esforço pode ser entendido como sendo integracionista desde o primeiro documento constitucional de 1808, mas a linguagem não se referia a indivíduos, mas à representação coletiva do que os forasteiros veem como “a tribo”. A Constituição de 1988, celebrada como documento exemplar de equidade e justiça social, ecoou os problemas da legislação anterior. O parágrafo do Título VIII, Da Ordem Social, Capítulo VIII, Dos Índios, Artigo 231, é o primeiro que faz referência aos indígenas na nova Constituição.

“São reconhecidos aos índios sua organização social, costumes, línguas, crenças e tradições, e os direitos originários sobre as terras que tradicionalmente ocupam, competindo à União demarcá-las, proteger e fazer respeitar todos os seus bens.” (Art. 231-Constituição Da República Federativa Do Brasil -” 1988)

Nada de novo sob o sol. O governo PT usa a seu teatro na selva para se fingir de herói e defenestrar Bolsonaro, Mas para quem conhece a situação, o PT prova mais uma vez que não se pauta pelos interesses das gentes brasileiras. Ao obedecer de maneira canina às demandas internacionais, mais uma vez só faz empurrar os verdadeiros problemas dos yanomamis com a barriga.

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