
Mais uma vez, sem acordo. Rodoviários e empresários não chegaram a um acordo, de novo, sobre as negociações salariais e, assim, a greve de ônibus segue na Região Metropolitana do Recife. O movimento entrou no segundo dia com força, prejudicando dois milhões de passageiros, afetados também pela paralisação de 48h do Metrô do Recife, que encerra-se nesta quinta (27/7), às 22h.
Essa foi a terceira tentativa de negociação entre o Sindicato dos Rodoviários de Pernambuco e a Urbana-PE, o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros, mediada pela Justiça do Trabalho. A audiência de conciliação desta quarta, também frustrada, já faz parte do julgamento do dissídio da categoria, pedido pelos empresários de ônibus.
O Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região (TRT-6) está analisando o dissídio coletivo ajuizado pela Urbana-PE ainda na terça (25), um dia a
ntes da greve dos rodoviários ter início. A dificuldade de acordo mostra a pesada queda de braço que está sendo travada entre rodoviários e Urbana-PE.
Os rodoviários alegaram que a Urbana-PE não apresentou nenhuma nova proposta diferente da que foi feita antes, de um reajuste médio de 3% (leia no fim da reportagem).
O Sindicato dos Rodoviários informou estar analisando convocar uma nova assembleia da categoria diante do fracasso das negociações, mas garantiu que a greve de ônibus segue mantida. A Urbana-PE ainda não se pronunciou.
O QUE ACONTECE AGORA?
Agora, o dissídio da categoria segue o trâmite jurídico, sendo analisado por um desembargador ou desembargadora que vai dar o voto e o Pleno (formado por 19 desembargadores da casa) votam e decidem em grupo. Exepctativa de que seja marcado o julgamento para esta sexta-feira (28).
Garagem da empresa de ônibus Caxangá lotada de ônibus em dia de GREVE - Greve - ônibus - Garagem - Paralização - GUGA MATOS/JC IMAGEM
DETERMINAÇÃO SOBRE FROTA DE ÔNIBUS NAS RUAS
Ainda na manhã da quarta, primeiro dia da greve dos motoristas de ônibus, o TRT-6 determinou o retorno de 60% da frota de ônibus na Região Metropolitana do Recife em horários de pico e 40% nos demais períodos. E estabeleceu uma multa diária de R$ 30 mil aos rodoviários no caso de descumprimento.
A decisão foi proferida pelo corregedor do TRT-6, desembargador Fábio Farias, que está julgando o dissídio da categoria e também vinha tentando evitar a greve desde a semana passada.
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