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Papa canoniza dois novos santos e fala sobre crise migratória

Foto do escritor: Redação Dc NewsRedação Dc News

O papa Francisco realizou o rito de canonização de dois beatos italianos na missa deste domingo, 9, proclamando santos João Batista Scalabrini e Artêmide Zatti.

Ao falar sobre o bispo Scalabrini, que fundou duas congregações para o cuidado de migrantes, e sobre Zatti, que migrou para a Argentina e administrou um hospital missionário, Francisco discorreu sobre a atual crise migratória na Europa e os refugiados da guerra na Ucrânia.

“Hoje, no dia em que Scalabrini se torna santo, gostaria de pensar nos migrantes”, afirmou Francisco. “Neste momento, aqui na Europa, há uma migração, que nos faz sofrer tanto e nos impele a abrir o coração: a migração de ucranianos que fogem da guerra. Não esqueçamos hoje da martirizada Ucrânia.”


Ele seguiu afirmando que a exclusão dos migrantes é escandalosa e criminosa. “Aliás, a exclusão dos migrantes é criminosa, faz com que morram diante de nós”, disse. “E, assim, hoje temos o Mediterrâneo que é o maior cemitério do mundo. A exclusão dos migrantes é nojenta, é pecaminosa, é criminosa.”

Conhecido como “Pai dos Migrantes”, João Batista Scalabrini nasceu perto de Como, Itália, em 1839. Foi ordenado sacerdote em 1863, e atuou como professor seminarista e colaborador em paróquias da região. Foi nomeado bispo de Piacenza aos 36 anos.

Para ajudar milhares de migrantes italianos que deixavam o país, ele fundou a Congregação dos Missionários de São Carlos Borromeu, conhecidos atualmente como padres escalabrinianos.

Também criou a Sociedade São Rafael, um movimento leigo a serviço dos migrantes, e Congregação das Missionárias de São Carlos Borromeu, hoje das irmãs escalabrinianas. Essas missionárias viajaram ao Brasil no começo do século 20 para prestar assistência aos italianos que chegavam aqui. Scalabrini morreu em 1905, aos 61 anos.

O também italiano Artêmide Zatti nasceu em Borreto, em 1880. Na juventude, emigrou com a família para a Argentina. Ele trabalhava numa fábrica de tijolos e frequentava uma paróquia dirigida por Salesianos.

Aos 20 anos foi para o seminário salesiano, e se tornou leigo. Nessa época, começou a cuidar de um padre que estava com tuberculose e acabou contraindo a doença. Ele se curou e depois dedicou sua vida a cuidar dos enfermos. Formou-se como farmacêutico e enfermeiro, e foi o responsável por um hospital missionário que atendia pessoas de duas cidades argentinas: Viedma e Patagones. Zatti morreu aos 70 anos, vítima de câncer.

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