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OEA condena Nicarágua por repressão à Igreja, a ONGs e à imprensa

Foto do escritor: Redação Dc NewsRedação Dc News

Atualizado: 15 de ago. de 2022





A Organização dos Estados Americanos (OEA) condenou nesta sexta-feira a Nicarágua por "assédio" à Igreja Católica, "fechamento forçado" de ONGs e "perseguição" à imprensa, e insistiu que o governo de Daniel Ortega liberte presos políticos no país.

Em sessão extraordinária do Conselho Permanente, órgão Executivo do organismo, a resolução sobre a situação na Nicarágua foi aprovada por 27 votos a favor, um contra (São Vicente e Granadinas) e quatro abstenções (Bolívia, El Salvador, Honduras e México). As delegações da Colômbia, governada desde domingo pelo presidente Gustavo Petro, de esquerda, e da Nicarágua estiveram ausentes. O texto afirma que, “embora o Governo da Nicarágua tenha denunciado a Carta da OEA em 18 de novembro de 2021, suas obrigações legais sob a Carta permanecem em vigor até o momento de retirada efetiva da Nicarágua, em 18 de novembro de 2023”, em referência ao prazo necessário para desligamento da organização internacional. Por meio da resolução, a OEA "condena energicamente o fechameeto forçado de organizações não governamentais, assim como o assédio e as restrições arbitrárias de organizações religiosas e das vozes críticas do governo e suas ações na Nicarágua". O texto também “reitera sua insistência para que o governo da Nicarágua libere de imediato a todos os presos políticos, cesse a perseguição e a intimidação da imprensa independente e garanta o exercício do direito à liberdade e expressão”. As relações entre o governo de Ortega e a Igreja Católica nicaraguense estão tensas desde os protestos opositores de 2018, que deixaram 355 mortos, segundo a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH). Várias paróquias acolheram manifestantes, uma ação criticada por Ortega que as chamou de "quartéis". No início do mês, o bispo nicaraguense Rolando Álvarez, crítico do governo de Ortega, denunciou o fechamento de emissoras de sua diocese na região de Matagalpa, por supostas irregularidades que o prelado nega. Álvarez está confinado há mais de uma semana devido a um cerco policial na casa do padre de Matagalpa, onde vive e trabalha. A força acusou a Igreja de incitar atos de violência para "desestabilizar" o país. Bispos da Igreja Católica da América Latina apoiaram seu colega da Nicarágua, enquanto o Papa Francisco se absteve de mencionar o tema em sua homilia no último domingo. A União Europeia (UE) se manifestou publicamente contra o fechamento "arbitrário" das emissoras católicas nicaraguenses e repudiou a violência.


 
 
 

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