
A preocupação dos investidores com as repercussões da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Gastança, do governo eleito do PT, continua refletindo no mercado financeiro.
O risco Brasil — papeis que protegem os investidores de um eventual calote da dívida pública brasileira e os protegem das mudanças no ambiente de negócios — subiu quase 6% na quinta-feira 17. Pela manhã, logo depois do discurso de Luiz Inácio Lula da Silva, o indicador chegou a 8%.
Em seus discursos, Lula insiste em confrontar o mercado financeiro. Ontem, no Egito, ele disse que não sacrificaria gastos sociais por responsabilidade fiscal.
“Não adianta ficar pensando só em responsabilidade fiscal, porque a gente tem de começar a pensar em responsabilidade social”, e completou: “Vai cair a bolsa, o dólar vai aumentar? Paciência”, afirmou.
Para o economista Luís Artur Nogueira, quem mais perde com essa situação é a população brasileira. Com a tensão gerada, os juros tendem a subir, com aumento da inflação, sacrificando os mais necessitados.
“Quem perde não é o governo nem os investidores, quem perde é a população mais pobre que sofre com essa queda de braço”, disse Nogueira.
Uma minuta da PEC do Gastança foi apresentada pelo vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB) ao Congresso na quarta-feira 16, propondo um gasto extra fora das regras fiscais que pode chegar a R$ 198 bilhões.
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