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Exército acaba com mensagem de aniversário do golpe militar

Foto do escritor: Redação Dc NewsRedação Dc News

O comandante do Exército, general Tomás Ribeiro Paiva, decidiu acabar com a mensagem de aniversário do golpe militar de 1964. A Ordem do Dia Alusiva ao 31 de Março, nome original da mensagem, consiste na leitura de um texto dos militares sobre aquele período da política brasileira.


A cerimônia ocorre tradicionalmente em todos os quartéis em formatura.

Na manhã desta quarta-feira, 1º, Ribeiro Paiva ordenou que os comandantes dos quartéis informassem os militares sobre a nova determinação. A medida é um aceno ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva, visto que, recentemente, vazou um áudio no qual Ribeiro Paiva diz que Lula foi “infelizmente” eleito.


Houve a leitura da Ordem do Dia Alusiva ao 31 de Março de 1964 em todos os anos de mandato do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Fernando Henrique Cardoso (PSB), Michel Temer (MDB) e Dilma Rousseff (PT), por sua vez, aboliram a cerimônia durante suas gestões. No primeiro governo Lula, houve a leitura em 2004, 2005 e 2006.


Confira a Ordem do Dia de 2022







“Resultado indesejado”

Em 18 de janeiro, dias antes de se tornar comandante do Exército, Ribeiro Paiva reconheceu que o processo eleitoral brasileiro pode ter falhas. O general disse ainda que, “infelizmente”, Lula acabou eleito presidente da República. O militar foi gravado em uma cerimônia reservada, sem consentimento, e o áudio vazou para o podcast Roteirices.


“As Forças Armadas participaram da comissão de fiscalização das eleições”, lembrou Paiva, em evento no Comando Militar do Sudeste. “Um relatório da Defesa diz que não encontrou nada naquilo que foi visto. O processo, possivelmente, pode ter falhas — que têm de ser apuradas, falhas graves, mas não dá para falar com certeza que houve irregularidades.


Infelizmente, foi o resultado que para a maioria de nós foi indesejado, mas aconteceu.”

Ribeiro Paiva comentou também o trabalho da Justiça Eleitoral. “Não posso garantir que a sensação de parcialidade não existiu por parte da Justiça”, observou. “Mas o que posso falar é o seguinte: não tem ferramenta dentro da escala legal para prever contestação da eleição dentro do Tribunal Superior Eleitoral. Essa sensação ficou, porque a eleição foi apertada.”

 
 
 

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