
O coronel Cássio Araújo de Freitas tomou posse como comandante-geral da Polícia Militar do Estado de São Paulo. A transmissão do cargo ocorreu nesta sexta-feira, 3, na Academia do Barro Branco, na zona norte da capital. O evento contou com a presença do governador Tarcísio de Freitas e do secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite.
A cerimônia marcou a saída do coronel Ronaldo Miguel Vieira do comando da PM.
No discurso da posse, o coronel Freitas afirmou que sem ordem não existe Estado Democrático de Direito e que há “necessidade de ordem para sustentar o progresso” da nação. O comandante agradeceu pela confiança ao ser indicado para assumir a corporação. Ele foi uma escolha do secretário Guilherme Derrite. Ambos trabalharam juntos na Rota — a tropa de elite da PM.
O secretário fez um discurso breve e observou que o governo do Estado está agindo para recuperar a PM e valorizar os policiais. “Os desafios são gigantes”, resumiu. Ele voltou a afirmar que na sua gestão as policiais — Civil e Militar — devem atuar de maneira integradas no combate ao crime organizado.
A excelência da corporação foi destacada pelo governador Tarcísio de Freitas. Em sua fala, ele observou que essa tradição deve ser perpetuada. Tarcísio admitiu que há problemas na corporação, “mas que serão enfrentados e resolvidos”, prometeu.
Pacote emergencial
O Estado de São Paulo conta atualmente com cerca de 80 mil policiais militares, esse é o menor número do efetivo desde 2006. A Secretaria de Segurança Pública (SSP) já nomeou no início do ano quase mil novos soldados para iniciar a recomposição do efetivo, que, segundo Derrite, “é uma prioridade da gestão”, além da aquisição de equipamentos de inteligência para a Polícia Civil.
O secretário adiantou que nos próximos dias deverá encaminhar um projeto à Assembleia Legislativa do Estado. Um deles prevê a possibilidade de o PM vender a licença-prêmio — depois de cinco anos na corporação, o policial tem direito a 90 dias de descanso remunerado. “A ideia é ampliar a possibilidade de venda, além dos 30 dias”, explicou.
Quem é o novo comandante-geral da PM
O coronel Freitas foi indicado para o cargo ainda em dezembro. Ele fazia parte da equipe de transição da SSP.
O oficial teve passagens pelo batalhão de Santo André e pela corregedoria da PM. Ele ainda era tenente quando chegou à Rota, em que foi promovido a capitão e, posteriormente, a major. Depois, comandou o 5º Batalhão da Tropa de Choque.
Em junho de 2020, assumiu o comando do batalhão responsável pelo policiamento na Baixada Santista. Coronel Freitas deixou a Baixada para assumir o comando do policiamento metropolitano em julho de 2022.
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