
Na segunda-feira próxima passada foi comemorado pela ONU “O Dia Internacional em Memória das Vítimas dos Atos de Violência Baseados em Religião ou Credo”. A data foi criada pela Assembleia Geral em 2019, como um dia específico para “homenagear” as vítimas da violência fundamentada na religião ou crença sem fazer menção ao COMBATE das ações violentas que dizimam milhares de vidas pelo mundo todos os anos.
Assim, a ONU através da sua mídia digital anunciou a data de 22 de agosto servindo para esse fim de trazer a “lembrança” dos mortos e feridos pela intolerância religiosa usando o seguinte título: “Guterres alerta para número crescente de ataques por causa da religião ou crença” . Dessa forma, o secretário-geral da entidade afirmou que no últimos meses “judeus foram assassinados em sinagogas, suas lápides desfiguradas com suásticas, muçulmanos abatidos em mesquitas, seus locais religiosos vandalizados, cristãos mortos em oração, suas igrejas incendiadas”. E, para ressaltar o “time para o qual torce”, Guterres ainda salientou que “muitos assaltos, como os da Nova Zelândia, Sri Lanka e Estados Unidos, têm como alvo locais de culto específicos”, bem como “em muitos conflitos em todo mundo, da Síria à República Centro-Africana, comunidades inteiras foram atacadas com base em sua fé”.
De fato, mesmo com as atrocidades DIÁRIAS promovidas por regimes e grupos muçulmanos fundamentalistas dentro e fora de Estados islâmicos há décadas, a ONU só decidiu criar uma data em memória das vítimas da barbárie religiosa após o massacre de 51 muçulmanos em duas mesquitas na Nova Zelândia, o qual foi realizado por um sórdido terrorista nominado pela imprensa militante de “supremacista branco” Centenas de milhares de vidas já haviam sido ceifadas pela intolerância religiosa nas últimas décadas e os perpetradores das ações violentas eram atores estatais, grupos extremistas e outros “fundamentalistas” da religião islâmica em diferentes partes do mundo. Contudo, até a ocorrência dos sangrentos ataques terroristas promovidos por Brenton Tarrant em 15 março de 2019, não se via costumeiramente no cenário internacional ações violentas de não-muçulmanos contra seguidores do alcorão em suas mesquitas.
Como a ação terrorista criou comoção global por ser direcionada à comunidade muçulmana em país de governo progressista, o Poder Judiciário da Nova Zelândia condenou pela primeira vez um criminoso à prisão perpétua 2 , isto, acrescentado por “discursos solidários” de inúmeras lideranças políticas e religiosas no Ocidente, as quais não costumam publicar uma nota quando governos despóticos ou terroristas muçulmanos promovem carnificinas contra comunidades inteiras no norte da Nigéria ou na Somária ou em Mocambique, já que em geral, as “vítimas do ódio religioso” são pobres, negras e cristãs. O fato do presidente muçulmano da Nigéria ser denunciado por importantes instituições dos direitos humanos por apoiar uma das milícias que promove genocídio contra cristãos na Nigéria 3 , também não causa aversão e comoção entre as lideranças globais, que arranjam desculpas esfarrapadas para não condenar os massacres apoiados pelo Estado. De sorte que o “supramacista branco” foi exemplarmente punido, mas o presidente Muhammadu Buhari e os seus comparsas terroristas seguem “intocáveis” na sanha de dizimar milhares de cristãos e muçulmanos moderados.
Ocorre que, para as Nações Unidas, a severa e louvável punição do tribunal neozelandês não foi suficiente para agradar a sua falaciosa e histérica militância visando declarar os seguidores da fé muçulmana como “a minoria religiosa mais perseguida do mundo”.
Uma das provas incontestes dessa “militância religiosa” da ONU se verifica quando a entidade ignora o fato comprovado de que os cristãos são a minoria religiosa mais perseguida do mundo, para assim, promover a sua agenda sectária de proteção especial exclusiva para o Islã – e não para os muçulmanos – tendo criado o “Dia Internacional do Combate à Islamofobia” 4 , objetivando tão somente calar e “criminalizar” as denúncias dos ativistas críticos do Islã que ousam expor os mandamentos religiosos extremistas, homofóbicos, xenofóbicos e misóginos, os quais contrariam direitos elementares do ente humano. A Assembleia Geral da ONU em sua “pegada islamista” achou por bem adotar por UNANIMIDADE a resolução exclusivista proposta pelo regime paquistanês cristofóbico de reservar um dia do ano como marco do “combate à islamofobia”. O representante diplomático do Paquistão – famoso por perseguir e levar cristãos aos tribunais em razão da pena de morte prescrita na “lei da blasfêmia” – afirmou que o combate à suposta islamofobia “surgiu como uma nova forma de racismo que inclui, entre outros, proibições discriminatórias de viagens, discurso de ódio e a discriminação de meninas e mulheres por suas roupas”. No próximo texto abordarei cada item do discurso mentiroso do representante paquistanês. Porém, percebe-se que a preocupação do país muçulmano e da própria ONU é proteger “a religião da paz” acalentada pelos principais doutrinadores do mundo muçulmano”, religião esta que, em sua forma ortodoxa, possui textos violentos e discriminatórios. E essa “proteção” se dá a partir do desvirtuamento do conceito “raça”, por englobar todo religioso procedente de qualquer país que segue certos preceitos que violam direitos humanos elementares, sobretudo, em países ocidentais.
Na lógica relativista humanista/islamista, a crítica fundamentada à religião que em sua ortodoxia mais utilizada em países muçulmanos promove graves violações de direitos humanos, é um “ato de racismo”, apesar do Islã não ser “raça” e sim, “religião”. Todavia, não há “racismo” para a ONU quando as autoridades paquistanesas nada fazem para coibir e punir a prática costumeira de sequestro de meninas cristãs e de outras minorias para “casamento forçado” com muçulmanos e “conversão forçada ao Islã”. A violência sexual de proporção “pandêmica” no Estado muçumano é outra “questão insignificante” que não preocupa a ONU, mesmo tendo relatório em que observadores internacionais atestam que refugiadas afegãs eram forçadas ao casamento no Paquistão como “prática oficialmente sancionada” 5 . Logo, um país muçulmano considerado “violento” em relação às minorias religiosas e de gênero, porém, “moderado” pelo senso comum ocidental propõe “resolução” para CENSURAR e CRIMNALIZAR ativistas ocidentais que denunciam os horrores sofridos por meninas e mulheres paquistanesas. Consequentemente, a ONU, que já possui agenda antiga de defesa da imposição da LEI DA BLASFÊMIA com jurisdição global, abraça a proposta de impor ao Ocidente o cumprimento da sharia (lei islâmica), que proíbe, inclusive, os não- muçulmanos, de criticar o Islã, o seu profeta e/ou o alcorão. A agenda islamista de “criminalização dos direitos humanos” da ONU consegue “unanimidade”, porém, o “Ocidente de tradição judaico- cristã” não pressiona a entidade seletiva a criar o “Dia Internacional de Combate à Cristofobia”. O descaso ocidental não tem motivação de cunho racional, posto que a chamada “islamofobia” não tem se caracterizado por perseguição aos muçulmanos moderados que exercem sua fé com respeito à diversidade religiosa. Outros sim, é importante destacar que cristãos e judeus não promovem atos violentos com base na crença direcionados às comunidades muçulmanas e a outros fiéis de religiões diversas, pois a teologia dos referidos segmentos religiosos não fundamenta “discursos de ódio” contra seguidores de crenças distintas.
A “islamofobia” não provoca mortes de muçulmanos no Ocidente ou fechamento de mesquitas, mas o “sectarismo islâmico”
causa milhares de mortes todos os anos em ataques de muçulmanos direcionados a outros muçulmanos. Hoje mesmo, houve um ataque terrorista em mesquita no Afeganistão dominado pela facção terrorista islâmica Talibã, tendo por possível autoria, o grupo Estado Islâmico.
Foram 21 vidas ceifadas e a culpa é da disputa entre facções terroristas que vitimizam muçulmanos reféns da “jihad expansionista” inaugurada com o falecimento do Profeta Mohamad. A instituição cristã progressista Open Doors foi citada recentemente pela Forbes em matéria intitulada “Uma em Cada Sete Minorias Cristãs Ameaçadas em 2022” 7 . Parte do texto afirma:
De acordo com a pesquisa, a perseguição aos cristãos atingiu os níveis mais altos desde que a World Watch List começou há quase 30 anos. ‘Em 76 países, mais de 360 milhões de cristãos sofrem altos níveis de perseguição e discriminação por sua fé – um aumento de 20 milhões desde o ano passado.’ 312 milhões de cristãos vivem apenas nos 50 principais países. Um em cada sete cristãos vive sob pelo menos altos níveis de perseguição ou discriminação por sua fé.
Anualmente, Open Doors apresenta Lista com dados sobre a perseguição de cristãos em 50 países, apresentado, no entanto, informações incompletas e defasadas em consonância com as “direstrizes ideológicas progressistas” emanadas da ONU. Portanto, apesar da entidade estar muito longe da realidade avassaladora de ódio, perseguição e morte de cristãos pelo mundo, evitando denunciar genocídios contra cristãos para se adequar à pauta “politicamente correta” das Nações Unidas, os números apresentados já deveriam ser considerados inadmissíveis, gerando iniciativas de política externa para combater o ódio que segrega e mata milhares de cristãos todos os anos.
A propósito, o “Dia Internacional de Combate à Islamofobia” foi mais uma criação da ONU em razão de um ato cruel de ódio ISOLADO que culminou em terrorismo sanguinário na Nova Zelândia. Por isso, a data escolhida para “reverenciar o Islã” e protegê-lo de críticas construtivas para o bem da humanidade sem nenhuma garantia de proteção para as milhões de vítimas muçulmanas da perversa “sharia” foi o dia 15 de março , quando o ataque terrorista na Nova Zelândia completava 3 anos, uma vez que não-muçulmanos respeitam o direito à liberdade de crença e à vida dos religiosos, e por isso, não promovem ações terroristas contra muçulmanos. Enquanto as “nomenclaturas progressistas” e “datas comemorativas especiais” das Nações Unidas se negarem a expor a AUTORIA da maioria esmagadora dos “crimes de ódio” e atentados terroristas no Ocidente e mundo muçulmano, CONDENANDO sua base religiosa ortodoxa, o “caos mortal” será uma triste realidade banhada a enxurrada de sangue!
Andréa Fernandes – advogada, internacionalista, jornalista e fundadora doMovimento Nacional pelo Reconhecimento do Genocídio de Cristãos e Minorias na África e no Oriente Médio.
sites de pesquisa
https://www.jihadwatch.org/2022/08/afghanistan-muslims-murder-21-other-muslims-with-bomb-in-rival-mosque?fbclid=IwAR0_0P2omcitEQe9IvUF8MRXeZaONSctxPnJcQTpp-VXGWPgiAH9HhqXybY
https://www.forbes.com/sites/ewelinaochab/2022/01/20/one-in-seven-christian-minorities-under-threat-in-2022/?sh=3564026f7d2d https://www.mfa.gov.tr/no_-87_-15-mart-islamofobiyle-mucadele-uluslararasi-gunu-hk.pt.mfa
https://evaw-global database.unwomen.org/-/media/files/un%20women/vaw/country%20report/asia/pakistan/pakistan%20srvaw.pdf?vs=1729
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