Renato Russo escreveu essa letra em meados dos anos 1980, ou talvez um pouco antes. Não sei bem se foi uma epifania, se algum espírito iluminado (Espíritas Kardecistas), ou um santo ou anjo (Católicos), ou o próprio Espírito Santo (Evangélicos)..., mas nunca foi e é tão atual essa canção.
A música inicia com: “Nas favelas, no Senado, sujeira pra todo lado”, diariamente, os membros do parlamento e políticos, de modo geral, são pegos em escândalos, processos e prisões que tramitam por várias instâncias da nossa “justiça”. A sujeira impera, não importa se são favelas tomadas pelo tráfico ou no parlamento tomado por corruptos. A imundície só muda de lugar, com velhas barganhas do dito “orçamento secreto” para minguar uma CPMI, que tem como escopo o dia 08/01/23.
O grande problema é que “Ninguém respeita a Constituição”, os poderes torturam a Constituição Federal e demais leis, até mesmo seus Princípios Fundamentais, que tem por base a Declaração Universal dos Direitos Humanos, desrespeitando, inclusive, a separação dos Poderes e sua harmonia. Isso gera uma insegurança jurídica entre os Poderes Constituídos e o cidadão comum percebe que seus anseios e direitos constitucionais estão, na maioria das vezes, evaporando cotidianamente.
Mas, “todos acreditam no futuro da nação”, mesmo com tantos retrocessos nos Direitos Fundamentais, inclusive o direito de expressão, tivemos muitas obras executadas pelo Governo anterior e seus Ministérios, dentre elas, a mais relevante, a conclusão da transposição do Rio São Francisco, que foi desligada recentemente.
“Que país é esse?” Onde a “Justiça”, que navega no mundo da injustiça, sem sufrágio popular, define os rumos de um país e seus representantes, sem previsão na Carta Magna, hoje tripudiada e dilacerada, sem qualquer respeito ao “Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição”.
“Que país é esse?” Onde o “crime de opinião” se forma à revelia do Art. 5º, inciso IX, que define: “é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença”, é desrespeitado e onde, nem na Constituição Federal, nem no Código Penal é definido o “crime de “fake news”. O Art. 220 da CF diz que: “a manifestação do pensamento, a criação, a expressão e a informação, sob qualquer forma, processo ou veículo não sofrerão qualquer restrição, observado o disposto nesta Constituição”. Um artigo suspenso para conservadores, mas em pleno vigor para os que estão do outro lado ou no centro. De cancelamentos a prisões, medidas são tomadas contra jornalistas e jornais conservadores (denominados blogueiros, mesmo que possuam registros jornalísticos) e cidadãos comuns, bastando a denominação de “bolsonarista”, “blogueiro”, “golpistas”, “evangélico”, “antidemocrático”, “anticiência” “negacionistas”, e etc.
“Que país é esse?” Onde o povo que se manifesta aos MILHÕES nas ruas e suas vozes são “reduzidas” a meras “dezenas”, em defesa de pautas e/ou representantes conservadores, mas é INFLADO a “milhões” quando a acusação é de “antidemocráticos”. Vozes desses milhões são ignoradas e caladas pela conveniência do outro LADO, o acusador, mas lembrem: “...paz sem voz, paz sem voz, não é paz é medo”, em último caso presos.
“No Amazonas,” ou até mesmo “no Araguaia”, respiradores foram “adquiridos” em empresas de vinho, o fôlego de seu povo foi LITERALMENTE tomado, em momentos que se sufocavam/sufocam as liberdades constitucionais coletivas e individuais, os direitos básicos de um estado DE FATO, “democrático”. Além disso muitos minguam em leitos dos hospitais porque o SUS é ARRUINADO, dia a dia, por políticos que se comprometeram em defender a Saúde. Um desses compunha a presidência de um CIRCO, chamado CPI, que fingiu averiguar algo, corrupção do DINHEIRO PÚBLICO.
“Na Baixada Fluminense” tivemos um governador que sofreu um impeachment, por corrupção na Saúde, um Presidente que visita complexos de favela, sem proteção policial, bem como seu Ministro da Justiça, usando boné dos parças (CPX).
“E no Nordeste tudo em paz”, será? O Estado do RN não vive essa paz, ataques de bandidos aterrorizam a população desse Estado. Como não recordar o DISCURSO do Consórcio do Nordeste, que tentou proteger e camuflar Carlos Gabas, tornou-se impossível de esconder MILHÕES de Reais configurado em desvios de respiradores que nem sequer foram entregues, ou, os que foram entregues não eram os que deveriam ser adquiridos e com preços superfaturados. Essa “paz” demonstrada por eles se reflete, na verdade, em um temor tão intenso que até a CPI da Covid fugiu pela tangente, com a preparação de um Relatório Ficcional, sem materialidade e tipo jurídica que se enquadre nos crimes descritos nesse Relatório, um fim trágico mas desprezado pelo Tribunal de Haia.
“Na morte eu descanso”, diz um povo cansado de ser maltratado, obrigados a trabalhar MAIS QUE UM TERÇO do ano para pagar tributos, sem o retorno esperado da máquina estatal, e talvez vivencie uma recessão na economia, porque alguns apostaram em um governo que não tinha plano econômico algum a apresentar, e de consolo pagarão seus parlamentares que decidiram trabalhar 9 dias no mês em Brasília.
“Mas o sangue anda solto”, dos cidadãos agredidos praticando SOZINHOS, ISOLADOS, sua atividade física, membros fraturados ou deslocados por agentes públicos que excedem suas atribuições e competências legais (abuso de poder) executando ações arbitrárias e ilegais, com uso abusivo da força sem o devido uso proporcional (adequação). Temos prisões sem qualquer individualização da pena e a máxima é “Defesa do Estado Democrático de Direito”,
Que país é esse? Um país que evita uma CPMI de suposto “Golpe de Estado”, mesmo referendado por uma grande parcela da sociedade que quer a verdade dos fatos e a punição daqueles que destruíram e depredaram o Patrimônio Público. Que país é esse? “É, talvez, o fazueli do Brasil”.
Jimmy Gresik,
Visão Pátria.
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