top of page

UM GOVERNO SEM PLANO ECONÔMICO

Foto do escritor: Redação Dc NewsRedação Dc News

Luiz Marcelo Cabral

Prof. da UFPB (Contabilidade e Direito)



A confiança no novo governo muitas vezes se baseia na capacidade desse governo de demonstrar responsabilidade financeira e tomar medidas coerentes para atender às necessidades do país. No entanto, quando observamos a situação atual, é difícil manter a fé em um governo que parece não conseguir controlar seus gastos e equilibrar as contas públicas.



O ano de 2023 tem sido marcado por desafios significativos nas finanças públicas, com um déficit que levanta preocupações sobre a sustentabilidade econômica. É natural que os cidadãos questionem a gestão fiscal quando a situação parece estar se deteriorando, deixando muitos se perguntando se o governo possui a habilidade necessária para reverter essa trajetória.



Além das preocupações financeiras, uma série de problemas adicionais tem contribuído para minar a confiança no governo. A política de preços da Petrobrás, por exemplo, teve efeitos negativos diretos na economia, levando ao aumento dos preços dos combustíveis. Isso, por sua vez, impactou a vida dos cidadãos e gerou um sentimento de descontentamento.

A instabilidade nos mercados financeiros também é motivo de preocupação, com a Bolsa registrando quedas repetidas. Isso pode ser visto como um reflexo da incerteza sobre a direção econômica do país e como um sinal de que os investidores também estão cautelosos.


Cortes de verbas na saúde e na educação levantam preocupações sobre o compromisso do governo com o bem-estar dos cidadãos e com a qualidade da educação. A taxação de compras no exterior e a possível volta do imposto sindical em valores elevados também geram desconfiança, já que vão na contramão das promessas de alívio fiscal.

O fato de que mais de 8 bilhões de reais em emendas parlamentares foram aprovadas e distribuídas, apesar das promessas contrárias durante a campanha eleitoral, aumenta o ceticismo em relação à honestidade e à integridade do governo.


A reforma tributária em debate também levanta preocupações, pois pode aumentar a carga tributária, especialmente para os setores de serviços, afetando diretamente o bolso dos cidadãos.


Por último, um arcabouço fiscal que permite gastos baseados na receita pública, sem um plano concreto de contenção de despesas, levanta questionamentos sobre a responsabilidade do governo em administrar os recursos de maneira eficaz.


Como confiar em um governo diante dessas questões? É compreensível que muitos estejam se perguntando como podem acreditar em um governo que parece estar tomando medidas contraditórias e enfrentando desafios financeiros e econômicos. Restaurar a confiança exigirá ações concretas para abordar essas preocupações, demonstrando um compromisso verdadeiro com a responsabilidade fiscal, transparência nas decisões e uma visão coerente para o futuro do país.

 
 
 

Comments


bottom of page